terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Tudo que não nasceu ainda

me deixe.
só comigo, longe de você e do mundo.
me deixe por longe dos sonhos dos rumos certos
quero estar só, errado.
sou cheio de tantos e de mim me faço.
não quero teus prantos.
nem tão pouco os sorrisos.
quero estar entre mim e o que espero.
sou o que não se deu nome... e sem existir sigo sendo o que você me conhece.
me deixe longe, de saudades e de estimas . Me deixe com minhas bestas rimas, e com minha infeliz cara feliz.
Me deixe no leito, pra que em mim descubras se de tua parte esquecida me faço gente ou vento.
Não quero que me sintas, quero o abismal esquecimento dentro de teus lamentos, quero ser sangue em veias de amor e ódio e correr feito moleque entre os lábios virgens de quem já tanto amou.
sou-me... e não quero outra coisa a não ser comer o meu próprio libido.
e sentir meu amora morno e vermelho. Não perguntes, mesmo que eu seja a descoberta para os teus terríveis males, sejas como queres e me deixe ser como tudo que não nasceu ainda.