terça-feira, 15 de novembro de 2011

há tempos

A tanto tempo que não sei o que escrever.
a tanto tempo que não sei o que dizer...
mergulhado num mar profundo eu me perco em pensamentos.
não há resposta imediatas e nunca haverá. Só há a solidão do meus amores.
A tanto tempo que não escrevo poemas pra ela.
me confundo a cada minuto. Me espalho. Me espedaço.
sou de carne e de sonhos partidos...e sei lá o quê.
A tempos sou fraco de meus punhos e luto contra mim.
Abre alas, que lá vem o desejo. Abras as pernas e me deixe ser teu.
Vida de confusão e de amores.
sou mergulhado. sou afogado em minhas ilusões.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Longe

Tenho andado longe.
Distante dos portos a que me abraçar
Não sinto o pulso forte das manhãs de primavera
Nem mesmo o som delicado que sai de tua língua.
Não imagino, e sigo em ausente solução.
Sou-me o que antes não era e que tão pouco agora me vejo.
Como espelho profundo, sou o vazio que habita minha solidão.
Sou tão longínquo quanto o horizonte... Mas às vezes deixo de ser, e volto.
Sou instante de nós em peitos abertos.
Anseio ser perto.
E em lúgubres delírios me vejo entre paisagens de gosto e vermelhos que doem.
Iludo-me com os carinhos que me faz a solidão, me deito em teus braços.
Mas luto e espero, por que esperar é ser sonho.
Para que mesmo a quilômetros de vazio eu seja tão profundo como o amor ou a morte.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Face

espelhos em faces partidas...
ondes bons ventos nos deixam por entre os moinhos...
deixamos nossas linguas compridas que servem aos beijos.
nos refletimos como os sons da ultima noite.
Hoje vens a mim o sopro dos lindos sonhos.
e as faces que eu mesmo escolhi estão estampadas na minha cara.
é preciso procurar um lugar mais vazio que o proprio peito.
ficamos com a lembrança das línguas dos beijos e dos sonhos partidos.