quinta-feira, 26 de novembro de 2009

PREMIO PRA MELHOR ATOR - FESTIVAL DE CINEMA DE BRASILIA




DIEGO BORGES
ANDRÉ REIS
ALESSANDRO BRANDÃO
YURI SARAIVA
TULIO STARLING

PELO FILME DE BRUNO TORRES - A NOITE POR TESTEMUNHA -

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Anseio o querer

Hoje descobri o quanto não sei de mim...
e as margens deste pequeno frasco de imaginação fulguro-me...
É como se os amanhãs fossem domingo e eu estivesse sentado a beira da janela a olhar o comboio partir.
O que sei deixou-me. E agora tateio a dedos nús.
Como se a noite se perdesse na escuridão. Como se o frio que deixa-me calado fosse fogo em mim.
Nem em palavras me sei dizer.
Latejo por uma vontade do não sofrer.
E de querer, anseio querer. E quero.
Como um sorriso cálido que não me deixa mentir...
Sou assim, enquanto eu não souber de mim.

domingo, 15 de novembro de 2009

Não é preciso mais nada

Nesses dias chuvosos lembro-me de ti
no sentir dos pingos a janela, éramos chuva.
Como num sopro de vento nos perdíamos entre beijos
e eu voltava a sonhar.
agora éramos tempestade e ficávamos perdidos entre os desejos e a vontade.
O som suave daqueles teus sorrisos.
O cheiro doce das velas. Estávamos ali, e não queríamos estar em nenhum outro lugar.
Era como se o mundo tivesse parado pra nos assistir.
eramos o som das gotas de chuva e suor, e também o frescor das tardes de inverno.
eramos a aurora e as pegadas dos anjos na areia da praia.
e agora, somos como a chuva e o infinito e não é preciso mais nada.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ensaio

a cidade estava insuportavél
nas calçadas todos dançavam sem música
e os carros que paravam pra olhar não se iam embora
o frio tomava conta dos becos, e a chuva fina era inevitavél.
muito ao longe se via um velho que tentava equilibrar uma garrafa de run
Uma lentidão exasperante... só um cachorro que por ali passava, parava e cosava-se com uma profunda tristeza.
O ar suburbano que contamina minhas madrugadas ja não era o mesmo.
estavamos todos nús, fumando cigarros de palha sentados no capu daquele velho opala 88 a olhar pro mar.
E assim eramos todos felizes, dentro da santa ignorância de ser feliz.
A cidade nos deixava no asfalto sem um unico gato pingado.
e entregues as elucubrações esperavamos ansiosos a chegada da primavera.

sábado, 7 de novembro de 2009

Garganta.

àgua doce, mar de nódoa.
embebeda-me com teus cálices de abraços e despedidas.
me aprofunda, e deixa-me no escuro.
faz de mim o que quiser, mas não me deixe na terceira margem do rio.
desfruta-me e diga que vai voltar, mesmo que eu passe a vida a tua procura.
Mancha sublime de paixões contidas serão minhas brumas nesta terde de novembro.
Esperarei por ti, até que a beleza irrompa na ecuridão dos afetos.

Tuas mãos.

E fogem de mim todas as solidôes
Nem o vazio que é intríseco ao homem me olha
Perdido por chão, no fulgurar incessante do meu ser
Vasculho teus sorrisos
Nem a rosa colhida no frescor da tarde tem o mesmo pulsar que me avassala
Nem o mar e toda sua imensidão de palavras não ditas, me faz sentir tão bem
É como se eu olhasse ao revés do espelho,
a sombra do meu ego desapareceu.
Leve como um pé de vento que cruzou a esquina e parou derepente
Beijo-te outra vez, pra que o frescor da púrpura beleza dos teus lábios não me abandone.
Só assim a solidão não terá mais dedos e não poderá me tocar.