terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Tudo que não nasceu ainda

me deixe.
só comigo, longe de você e do mundo.
me deixe por longe dos sonhos dos rumos certos
quero estar só, errado.
sou cheio de tantos e de mim me faço.
não quero teus prantos.
nem tão pouco os sorrisos.
quero estar entre mim e o que espero.
sou o que não se deu nome... e sem existir sigo sendo o que você me conhece.
me deixe longe, de saudades e de estimas . Me deixe com minhas bestas rimas, e com minha infeliz cara feliz.
Me deixe no leito, pra que em mim descubras se de tua parte esquecida me faço gente ou vento.
Não quero que me sintas, quero o abismal esquecimento dentro de teus lamentos, quero ser sangue em veias de amor e ódio e correr feito moleque entre os lábios virgens de quem já tanto amou.
sou-me... e não quero outra coisa a não ser comer o meu próprio libido.
e sentir meu amora morno e vermelho. Não perguntes, mesmo que eu seja a descoberta para os teus terríveis males, sejas como queres e me deixe ser como tudo que não nasceu ainda.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sol.

amanhaceu.
não me perguntes por quê...
O sol perfura minha retina e me abraça o cansaço.
Éis manhã em mim...
Não sou mais só a tua lua ou teu fragmento de saudade.
Sou os raios de compaixão e a doce ilusão que te faz viver.
moinhos de sorrisos afloram por ti afora. Éis luz de mim.
amanheceu em nosso colo o suspiro poético e patético de sermos simples assim.
não fujas. faças sempre calor em mim.

sábado, 25 de setembro de 2010

A branquidão dos sonhos.

a branquidão do tempo que levou nossos sorrisos.
a tal juventude nos deixou saudade. e um gosto perdido.
caminhamos puxados de punhos fechados, como se não quisemos arriscar o passo.
e não chegamos a lugar algum outra vez.
buscamos o que não esta por perto, como se a ilusão fosse a melhor das realidades.
não nos contentamos em estar contentes. Somos doentes, cada vez mais.
o outono se aproxima pela fresta da janela, a mesma que não abrimos nos tempos difíceis.
amanheceremos com os sonhos grisalhos, e vamos nos arrepender por não ter saido de casa pra ver o sol nascer, ou mesmo se pôr...
Somos abraçados a contra gosto. Pelo orgulho que já envelheceu em mim.
a lonjura das nossas conquistas nos fazem perder e nos encontramos estanques por aqui...
é a mesma branquidão dos olhos que não nos deixam ver. Nem mesmo pelo espelho.
Por isso não cessamos nossas vírgulas e não chegamos nunca a um certo "final".

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Derepente -

Derepente fez-se aurora entre cálidos momentos de agonia.
Os ventos varreram os sonhos pra um só leito.
E nos teus canteiros nasceram flamboians gigantes. hoje éis o doce suspiro, a agua de todas as sedes. éis singular como cada gosto.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

CARPE DIEM

Somos a ponte entre dois caminhos,
o suspiro,
a força do olhar,
o suave som do que nos é terno.
Como os beijos de mar e março
Somos o desejo que avassala e que nos perde.
E entre caminhos e perdições flutuamos com a beleza do que nos faz sonhar.
Esse amor que não é um simples lírio esquecido sobre a mesa
é o jeito singelo de dizer que Somos o que ficará de nós.

sábado, 26 de junho de 2010

Não

não querer ir até a margem e olhar o fim de longe.
não hesitar e resistir ao nada.
como o último a não chegar, como o que não foi nem será.
não ser a mão que puxa nem a que se lava.
o estar entre eu e meu ego.
o não é o que vigia e nada é algo agora em mim.
somos assim, como figuras apagadas de um gibi sem páginas.
nossas cores desbotadas nos afagam em nosso leito de amor.
floridos dentes de cólera, limpidos desejos de morte.
o que deixa e o que faz deixar.
não é desistir é não chegar a desidir.
é assim, agora e já vai passar. como tu e eu . tudo já vai passar.

terça-feira, 1 de junho de 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

antes eu era nada.
agora não sei o mais o que sou...

domingo, 28 de março de 2010

O que virá depois?

o que virá depois?
essa beleza inatingivel me abala e me faz agora mal.
éis o que posso chamar de perfeito. Como ninguém o é.
a simples beleza de ser você faz todo sentido.
éis agora como ninguém o foi ou será em minha vida.
A completa e singular maneira de ser a única capaz de mudar alguma coisa em mim...
Mas eu lhe pergunto...o que virá depois?
Depois que lhe beijar
que ter tua pele junto ao meu suor
O que virá depois?
só ha uma maneira de sentir...

sábado, 13 de março de 2010

Não há razão de ser

Onde cavas o teu olhar frígido.
Nos longos olhares de solidão sem fim?

o segredo do reverso fantasmal
a volúpia insessante do teu ego
e o gosto da chuva.

Não é simples, é digno e é divino.
Como os asas que não voam aos domingos.

Comum.
O veto que te deixa, e só deixa.
Não há razão de ser.
Como nós agora, aqui.


Quer que almas brindem em teus floridos poemas?
entre teus gemidos os meus te calam...
Não há razão de ser.

Uma leve mistura de mim e de você.
Onde pretentes tu chegar?
não, não há razão de ser.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Saudade

Espero pelo fim do termo saudade
um tempo onde não haja distancia nem estradas
onde o amor possa conviver e saborear o dia
Longe do teu calor não consigo sonhar
Por isso só espero
com uma esperança infinita de desejos estúpidos
quero ser o teu recanto quando acordares
quero ter meu pranto enxugado na tua branca camiseta
Espero pelo beijo que deixei atrás
espero eternamente pelo fim dessa saudade.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Meu sorriso

esse teu sorriso me persegue, me abana e deixa-me no leito da morte.
esse teu olhar doce me faz lembrar aquelas manhãs de orvalho e estradas.
éis como lume queimando meus beijos molhados.
éis a primeira flor daquela inesquecível primavera.

como um carro desenfreado meu amor está solto ladeira abaixo.
e por mais que eu tente freia-lo ...nunca o conseguirei alcançar.
éis meu perfume. Minha saliva.

minha voz cansada te chama, te pede clemência.
te busco em segredo, procuro tuas mãos e teu seio.

ah, esse teu sorriso outra vez...e o cheiro da tua pela macia
como é bom ter que sofrer por você...
Mas como eu daria a vida pra estar no teu colo...
e tu cantares em meu ouvido com tua língua de pessego

éis o que me falta, éis meu sustento.
e já não posso mais seguir sem ti.