segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O tempo galopa com no vento, viaja tão rapido que não podemos ver sua crina branca nem suas asas que arrastam tudo pro incerto futuro.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Fugir de mim

É como se precisassemos sempre estar fugindo. O tempo parece sempre estar quase no fim. Acendam as luzes, e vamos ver o que há por aqui mesmo. O tempo esta acabando com toda aquela vontade...não há tempo de voltar a casa. Porém, eu sei que tudo isso no fundo é de mentira. Essa casa, esse gesto de desapego, esse beijo roubado... Abrir os olhos juntos pra tudo que há pela frente, vamos encontrar nós mesmos nús no asfalto da rua da frente, com a chuva a molhar os cabelos e a tornar a vida mais real. Então eu te toco e o tempo que fugia de mim... para. Me percebo ali sozinho sem você e sem ninguém. Já é tempo de mudar de rosto e não deixar os anos desbotarem nossos sonhos. Esse é só o começo de tudo, e o presente é ser o que há de ser, debaixo da chuva , fora de mim, com o coração partido nas mãos suadas, seja como for...nada supera esse tempo de agora, tempo de viver e arriscar tudo que trazemos nos bolsos, sejam lembranças ou qualquer trocado de amor. Por isso vou atravessar aquela porta e deixar o vento bater no meu rosto, pra que eu sinta o gosto da liberdade por um instante. E nele vou me prender e então vou estar mergulhado em mim, e todos os passaros me levaram pro sul dos meus desejos, lá é onde eles se escondem e ainda há muito tempo pra encontra-los perdidos entre meus sonhos e medos como se não soubessem pra onde ir sem mim. Só me resta fugir pra lá, pra mim, pra cá...seja como for, o que me resta é o grito.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Trocar de casa

Vamos mudar as roupas de armário, eles já estão fartas de mim. É como se essa realiade toda tivesse encolhido. preciso tirar os sapatos e comprar um passagem pra qualquer lugar. Ainda é tempo de mudar, pra não se perder... Essas roupas nao servem mais em mim, tenho que fugir e encontrar algum dia amarelo não preciso de cinco minutos. Vamos mudar a cara, o gesto e pegar o primeiro chinelo na porta. As batidas se descompassam com o passar das horas atarvés das minguantes luas viajarei a procura não querendo nunc encontrar. Não vamos mudar de planos como quem muda de camisa. E toda essa melodia ecoa nas paredes ...tão só Eu aqui escutando a mesma musica, na mesma cadeira vermelha. Com a mesma cara desbotada. O gosto do jantar de ontem ainda está na nossa boca. Desisto disso aqui.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Tudo Acontece

Nesse exato momento, tudo para. Os olhos vidrados,o vento não canta, o rio não segue. É agora que a vontade do que há por vir nos deixa gritar. Nesse momento não há quem nos julgue, não inventaram nesse momento a hipocrisia. Escute, a canção diz que agora pode inventar boas estórias e as estradas estão a tua espera. A saudade de viver o futuro nos abraça. Pra onde vamos? Nesse exato momento tudo acontece.

domingo, 23 de setembro de 2012

Poema da vida deixada pra trás.

Teu som é quem canta como hino na água, Onde deixei as janelas abertas pra poder fugir. Teus silêncios são frases perfeitas para os ouvidos cansados de ti. das janelas perdidas que guardei pra mim os ventos de antes já não batem mais. Quanto ao sangue esquecido na sala de casa... já não sei. Eu queria ser todo e pra isso te escolhi. Você não morre por mim, mas, por tudo e por aqueles que estão por vir.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

"POr mais longe que você for, voltara sempre a ti mesmo"

A poesia prevalece

Do teu gesto mais frágil faço minhas canções. Desnudo-te em minhas noites frias e quero ser o beijo que nunca deste, a primeira chuva em teus poemas. Quero roubar-te a razão pra quem não pensemos mais em versos e sim em abraços mudos e infinitos. Nesta terra onde há tempos perderam-se as razões, onde os sábios congelaram-se em livros, onde não se sabe dizer amor. Neste tempo banido dos sonhos, nos achamos engarrafados de run pelos bares e becos. O que resta além de hoje nos amarga a língua que se enrola com o português. Quero teu segredo intimo, para me relevar dono de ti. Neste tempo, o que nos salva não pode ser visto. A poesia prevalece.

Bom Dia!

Segunda-feira como era de se esperar o dia nasce amarelo nos vitrais da esperança. Lindo dia, para quem quer colher flores de uma infinita primavera ou suar por um prato de comida. O tempo marca em outro compasso as batidas do meu relógio. Furo o inverso e atravesso todos os dias, horas e meses. Segunda-feira pode ser vivida como qualquer outro dia de dignidade.Hoje é sábado nos meus desejos, domingo na minha alegria, segunda na minha vontade e todos os outros dias quando penso que só me resta viver o dia de hoje. É o instante ecoando mais alto.Deixemos nosso melhor pra hoje, por que amanhã teremos que ser melhores que isso.

sábado, 15 de setembro de 2012

Sol de Maio

Hoje acordei com um lindo sol de maio e uma irreparável vontade de te ver. Como se o tempo não houvesse mudado as coisas, e o amor ainda nos fizesse corar. Só me falta teu olhar junto ao horizonte para podermos partir. E nada mais é sonho, a não ser nossos suspiros de quem se arrependeu e quer consertar tudo outra vez. Todas as flores murchas voltarão a cantar dentro dos meus canteiros e todos as aflições serão lembranças que com o tempo serão passado. Só me falta ver teu sapato junto a porta e teus pés descalços a tocar meu corpo. Saber a hora e ir é tão importante como saber a hora de volver pra casa. Deixe-me ser tua casa, teu país. Deixe-me habitar teu âmago. Só assim seremos pássaros, sóis, amor e tudo. Esperarei por ti, até que tudo se transforme outra vez em sonho.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Mundo Vasto.

A vastidão dos meus sonhos me deixa sem chão. Toca o mundo de ponta a ponta pra ver cair gente do galho. São Marias e Joãos em punhados que te dirão: segue em frente meu filho! E já nas janelas penduradas, as namoradeiras te verão de longe caminhando por lugar perdido, que já se curvou há muitas esquinas. Não chore o tempo e o quanto o mundo e tão cheio de gente. Se há homens como nós por essas bandas há uma razão pra tudo isso: O que? ninguém é filho de ninguém. Fui semeado longe do meu pé de laranjeira. E vi brotar nos olhos da minha amada uma tremenda indecisão. Seguir adiante pra onde? Se nesse mundo, vasto mundo, como diria seu Drummond, não há especo pra se por um pé. Sofre agora o pobre longe das cercas embadeiradas, longe dos muros onde chora o que tem dinheiro e o coração partido. Choramos juntos. Iguais. Longe dali um menino corre descalço pela rua, achando que o mundo é a melhor coisa que existe. Chora o menino mais tarde. Mas para onde vamos agora que nos esquecemos que o amor é o que te move? Além é claro de todos os mares e ventos que são chamados de deus. Não há espaço para reflexão, num nó só, fica sempre minha aflição. Que mundo sem janelas. Somos crescentes e em qualquer lugar poderemos nos ver passar vestidos de outras gentes.

O que nunca foi dito

Não há especo em meu peito para tanto vazio. Sinto saudades do que não conheço e o que já não tenho é mais forte do que se eu ainda tivesse... não falaremos de flores se não há lugar para se plantar falaremos de coisas soltas e banais que passam e que se perdem em instantes... não há no mundo um lugar mais vazio que meu peito nem mesmo os palcios de prata, ou o desertos do Niágara...tão pouco a solidão do mar... não há lugar mais vazio que meu peito. Que se perde em si e não quer mais se achar... Quer encontrar-se com outro calor mesmo qualquer. Que lhe ofereça preencher... Se há um lugar onde o vento não corra, onde as arvores morreram e o sol há tanto tempo não pareceu mais... Se há lugar onde não há cores, não há amores nem mesmo onde as dores puderam se mostrar... Esse lugar é aqui perto, onde me aperta o desejo e já não posso respirar É mais uma vez...o meu orgulho ferido, esquecido. Apodrecido em vontade de querer. Assim não escuto, pois nem mesmo o silencio se pode sentir É tão grave quanto não lembrar. É assim que se segue, Sem memória, como se não tivesse existido rios correndo por dentro. Já não há espaço em meu peito, para as palavras, tão pouco para o que nunca foi dito. Definitivamente, não há espaço em meu peito para tua falta.

Música

C G7 Um dia te rabisquei em um poema escrito a mão C G7 pra sentir o seu cheiro de carta e o gosto da sua canção (letra) F C G7 eu te escrevi pra preencher as paginas já amareladas de um coração esquecido. C C Eu te fiz de azul os seios G7 e os cabelos negros não os pintei não. C G7 Descrevi teus lábios doces e do teu corpo fiz paixão F C Eu te transformei em versos e te cantei pro mundo ouvir. D D E nesse instante era como se tu já fosses minha, quanto mais escrevia D G7 mais eu a via em minhas frases engasgadas nunca ditas a ti. Te fiz linda /como as curvas das suas palavras, te transformei / pra sempre. Ôôôô..ooooo...oouoouuoo Fiz de ti carta, refém de um tolo, louco que pra não criar asas e voar por ai Teve que se agarrar em ti, em tua poesia. Ouuooo ouooo ouooo... Fiz de ti carta, refém de um tolo Fiz de ti carta, não peça socorro Fiz de ti carta, em um coração bobo Fiz de ti carta, em meu mundo tão louco