quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Mundo Vasto.

A vastidão dos meus sonhos me deixa sem chão. Toca o mundo de ponta a ponta pra ver cair gente do galho. São Marias e Joãos em punhados que te dirão: segue em frente meu filho! E já nas janelas penduradas, as namoradeiras te verão de longe caminhando por lugar perdido, que já se curvou há muitas esquinas. Não chore o tempo e o quanto o mundo e tão cheio de gente. Se há homens como nós por essas bandas há uma razão pra tudo isso: O que? ninguém é filho de ninguém. Fui semeado longe do meu pé de laranjeira. E vi brotar nos olhos da minha amada uma tremenda indecisão. Seguir adiante pra onde? Se nesse mundo, vasto mundo, como diria seu Drummond, não há especo pra se por um pé. Sofre agora o pobre longe das cercas embadeiradas, longe dos muros onde chora o que tem dinheiro e o coração partido. Choramos juntos. Iguais. Longe dali um menino corre descalço pela rua, achando que o mundo é a melhor coisa que existe. Chora o menino mais tarde. Mas para onde vamos agora que nos esquecemos que o amor é o que te move? Além é claro de todos os mares e ventos que são chamados de deus. Não há espaço para reflexão, num nó só, fica sempre minha aflição. Que mundo sem janelas. Somos crescentes e em qualquer lugar poderemos nos ver passar vestidos de outras gentes.

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